domingo, maio 16, 2010

Novos Rumos

Instrução Leonística

Novos rumos

Quando o movimento leonístico teve início, curiosamente sua primeira obra não foi assistencialista, mas de cidadania, tão profunda que ajudou a inverter os rumos de uma guerra modificadora de políticas e fronteiras.

Ao longo do tempo, as obras assistenciais se tornaram uma necessidade, por não termos políticas sociais que atendessem às comunidades carentes.

Hoje, com as novas políticas sociais e a proliferação de ONGs, o Lions precisou diversificar sua noção de filantropia, expandindo-a para a de assistencialismo com cidadania. Ou seja, o movimento leonístico descobriu que, para cumprir sua missão, deveria criar novas formas de colocar em prática seus objetivos, tornando-se mais atuante na modificação da sociedade, levantando sua voz e sua bandeira em favor da educação, do meio ambiente e da preparação das comunidades para subsistirem sem a sua ajuda, tornando-as livres do paternalismo antes existente.

São os novos rumos do Leonismo, que evita dar o peixe, mas esforça-se para ensinar a pescar; que combate o hábito de pedir e receber, para que não se torne um círculo vicioso; que não se limita a plantar árvores, mas ensina que, ao plantá-las, estamos modificando, para melhor, o planeta. Que, ao lado da boneca ou do carrinho com que presenteia as crianças carentes no Natal, fala do ensino profissionalizante de forma atrativa, mostrando que há um mundo, fora de suas pequeninas comunidades, que pode ser conhecido e conquistado.

Um leonismo que busca resgatar a dignidade do ser humano, aviltado pela miséria e humilhado pela necessidade de aceitar a beneficência; que busca parcerias para suprir os carências que não chegam ao poder público; que estimula a capacidade de o ser humano chefiar e prover sua família; que atenta para os idosos, buscando conservar-lhes a auto-estima; que abre espaços para os excepcionais em conjunto com as técnicas de educação das APAEs e Pestalozzis.

Um leonismo que luta por ultrapassar conceitos arcaicos e preconceitos mais arcaicos ainda; que está aprendendo a fazer da mídia e da publicidade armas para a sua vitória; que não tem medo de polemizar porque conscientizou que, dentro do movimento, cabem diversos pensamentos, pois todos estão voltados para um só fim: a paz e a união da sociedade.

Um leonismo que destaca o esforço e a produtividade, a educação e a cultura, e que faz das novas gerações instrumentos de modificação de seus pais, mostrando-lhes que, através delas, podem voltar a sonhar, a ter esperança.

CaL Rosinha Menezes, LC Cabo Frio, DLC-11

Publicado no blog www.lionsclubecabofrio.blogspot.com,
No site www.instrucoesleonisticas.jor.br/instrucoes, do EGD CL Paulo Fernando Silvestre,
Na coluna do Lions Internacional do jornal O Pelotense (RS)
E nos círculos virtuais Aplions e Circlelp, www.yahoo.com.br

sexta-feira, maio 07, 2010

Dia das Mães

Com imensa sensibilidade, o CL Antônio Riqueza, em jaula aberta, homenageou as mães do LC Cabo Frio, lendo um belíssimo texto de autor desconhecido. Estendemos a homenagem a todas as mães que militam no movimento leonístico, com a publicação do texto lido em reunião:

ALTA COSTURA

No tecido da história familiar, as mãos de minha mãe reforçaram as costuras para nos progegerem de qualquer empurrão da vida.
As mãos de minha mãe uniram com um alinhavo as partes do molde, sem esquecer que cada uma é diferente da outra e que, juntas, fazem um todo tal qual a família.
As mãos de minha mãe fizeram bainhas para que pudéssemos crescer sem que ficassem curtos os ideais.
As mãos de minha mãos de minha mãe remendaram os estragos, para voltarmos a usar o coração sem fiapos de ressentimentos.
As mãos de minha mãe juntaram retalhos, para que tivéssemos uma manta única que nos cobrisse.
As mãos de minha mãe seguraram presilhas e botões, para que estivéssemos unidos e não perdêssemos a esperança.
As mãos de minha mãe aplicaram elásticos para que pudéssemos nos adaptar, folgadamente, às mudanças exigidas pelos anos.
As mãos de minha mãe seguraram-me, com linhas mágicas, quando entrava na vida para começar a vesti-la.
As mãos de minha mãe bordaram maravilhas para que a vida nos surpreendesse com suas contínuas dádivas de beleza.
As mãos de minha mãe coseram bolsos para guardar neles as moedas valiosas das melhores recordações e de nossas identidades.
As mãos de minha mãe nunca abandonaram o seu trabalho e sei muito bem que, hoje, onde quer que esteja, faz orações por mim e eu, recebendo suas bênçãos, beijo suas mãos como se pudesse tocá-las.

sábado, maio 01, 2010

1º de Maio, Dia do Trabalhador


PRIMEIRO DE MAIO, DIA DO TRABALHADOR???



O Brasil e os outros países comemoram, neste primeiro de maio, o “Dia dos Trabalhadores”. Muitas festividades, muitas comemorações, muitos churrascos, outras superficialidades, tantos engodos e pouca efetividade sincera.

Os trabalhadores brasileiros, em especial os da nossa região, ao que nos faz crer, comparecem a essas festividades menos convencidos do símbolo já esmaecido e patético do reconhecimento nacional, do que para cederem-se aos apelos dos que imaginam que os iludem. O ser humano é reconhecidamente dotado de esperanças e é isso que o faz acreditar nas possibilidades de lutar pela vida e pelo futuro, o que não induz à crença leviana de que ele pode ser explorado ou continuar sendo submetido ao trabalho ainda escravo em alguma de suas extensões e que o momento lamentavelmente não restou eliminado do nosso mundo.

Os trabalhadores só terão satisfação completa quando a contraprestação do seu labor se revestir de plena suficiência, à altura mais que exata das necessidades elementares ou essenciais insatisfeitas, capaz de produzir sorrisos de alegria sincera nos rostos dos seus familiares, os quais certamente já não terão mais motivações para, constrangidos, se socorrerem dos seus semelhantes.

Os trabalhadores precisam confiar na Constituição da República, nas Leis e demais normas nacionais, assim como nas próprias instituições e entidades brasileiras, todas lhes prometendo a alimentação, a saúde, a educação, o trabalho, a habitação, o transporte, o vestuário, os medicamentos, todos, entre outros, no decorrer de suas atividades laborativas e principalmente no ocaso de suas vidas, quando fragilizados e vergastados pelos efeitos da idade e das doenças contraídas no longo do tempo, acabam eles desprezados pelos órgãos do estado, pelos agentes dos serviços públicos de todos os Poderes da República.

A propósito deste momento, que devia ser de comemorações e alegrias verdadeiras, em todas as suas amplitudes, não podemos deixar de dedicar profunda reflexão sobre a quebra Companhia Nacional de Álcalis e a conseqüente crise da indústria salineira e que acabou levando de roldão a Companhia Salinas Perynas, a Pereira Bastos, outras indústrias, o comércio e os serviços, sem contar os inúmeros servidores que as municipalidades colocaram na rua e lá amargam a dureza da fome e das ausências, tudo isso deitando reflexos negativos sobre toda a região, o Estado e o País, tanto no que diz respeito aos aspectos econômicos e financeiros, como no que pertine aos trabalhadores e seus familiares, sem emprego ou na iminência disso, o que produz poderosa e insuportável insegurança, valendo ressaltar, com tristeza, que esse quadro decorreu, como sempre acontece em todos os casos, da omissão de cada um de nós que votamos, elgemos e não cobramos, mas sobretudo dos eleitos que prometeram mundos e fundos e agora acenam com a mão do engano.

Os trabalhadores brasileiros não devem ser iludidos pelos governantes e legisladores que elegem; nem merecem ser decepcionados pelos servidores públicos, que remuneram com os seus suados tributos, suas contribuições compulsórias.

Os trabalhadores que elegem, têm o dever de votar e o direito de cobrar resultados. Têm o direito de ser ouvidos nas discussões dos grandes problemas, sobretudo aqueles que afetam diretamente o ambiente em que vivem, trabalham e se divertem. Têm o direito de dizer sim e não, de serem respeitados como cidadãos integrados e não excluídos pelo ato de posse daqueles que os representam.

Espera-se que os servidores públicos, eleitos ou nomeados, sobremodo os das cúpulas e esferas brasilienses de comando, encontrem meios de reduzir o alcance dos interesses individuais, inclusive os vencimentos dos respectivos cargos, anulem ou minimizem as composições ditas políticas de segmentos sociais, e adequem a carga tributária nacional à realidade brasileira, para que os empreendedores deste país sintam vontade de investir mais, de remunerar melhor e de recolher os impostos e as suportáveis contribuições aos insaciáveis cofres arrecadadores do estado: União, Estados membros e Municípios.


EISENHOWER DIAS MARIANO

PRESIDENTE DA VIGÉSIMA SUBSEÇÃO DA OAB-RJ