terça-feira, abril 13, 2010

De Cabo Frio para o mundo - Talentosa bailarina de Cabo Frio é premiada em concurso internacional




Durante os dias 20 a 26 de março, Carollina de Souza Bastos viu que sua vida nunca mais seria a mesma. Em meio a bailarinas e bailarinos de todo o mundo, a pequena menina de 12 anos destacou-se como um dos mais jovens promissores talentos da competição internacional de balé Youth America Grand Prix (YAGP), em Nova York - EUA. A cabo-friense conquistou, além de diversos elogios dos jurados, bolsa integral para estudar na renomada Joffrey Ballet School, em Chicago.

Convocada ao palco do YAGP para receber das mãos de Alexei Kremnev, diretor artístico do Joffrey Ballet, a proposta de bolsa, Carollina - ou Carol, para a família e amigos - deu-se conta de que toda a dedicação em horas e horas de ensaio e aulas e mais aulas de balé clássico não foram em vão. Aluna desde de os seus primeiros passos de balé da professora e maître de balé Ofélia Corvello, Carol nunca desistiu de acreditar que as correções e broncas proferidas pela professora um dia haviam de lhe render bons frutos.

Carol acumula prêmios desde seu primeiro ano no Ballet da Comunidade Ofélia Corvello, localizado no Lions Clube de Cabo Frio. O grande talento da mocinha nunca passou despercebido por Ofélia, que via que além das belas linhas físicas favoráveis à dança, Carol contava com muita sensibilidade artística e interpretação notáveis. Além, é claro, de muita determinação e persistência essenciais para enfrentar a rígida disciplina de aulas para a formação de bailarina, qualidades que poucos candidatos a bailarinos possuem, apesar de demonstrarem boas condições físicas para o balé.

Confiar na vasta experiência da maître Ofélia mostrou-se determinante para a pequena bailarina levar o nome de Cabo Frio e do Brasil para as finais do YAGP, concurso prestigiado pela UNESCO por oferecer a oportunidade de bailarinos de vários países apresentarem coreografias de repertório e originais e também por premiar os jovens bailarinos com bolsas para renomadas escolas de dança. Carol não titubeteou nas aulas e audições ministradas por grandes professores, lembrando-se sempre do ensino da professora Ofélia que a possibilitou chegar aonde chegou. Carol nunca precisou sair de Cabo Frio para aprender balé, tampouco relevou comentários pouco elegantes de que deveria trocar de professora.

No último dia do evento, uma grande apresentação encerrou essa etapa na vida da jovem. Juntamente com outros participantes do concurso, Carol participou de uma coreografia montada em menos de uma semana e apresentada na noite de gala ao lado de já consagrados bailarinos, como Polina Semionova, Evgenia Obratszova, Marcelo Gomes, entre outros. Carol mostrou que já está pronta para grandes voos.

Em julho, a nossa estrelinha estará embarcando definitivamente para Chicago.

E, ainda segredo de estado, nas próximas postagens daremos notícia do bailarino Davi Mota, que terminou por não participar do festival nova-yorkino. Será que este segredo todo envolve o convite feito por um certo balé russo de repercussão mundial? Caluda! CaL Rosinha...você já falou demais...