sexta-feira, março 21, 2008

Puxão de Orelhas leva à reflexão: Blowin' in the Wind

Recebi um “puxão de orelhas” de um Companheiro Apeano que me calou fundo, quando manifestei minha repulsa à forma pela qual os brasileiros são tratados na Espanha. Tão fundo, que a deletei no primeiro impulso. Mas suas palavras me levaram a repensar conceitos. No momento em que as crises políticas afastam cada vez mais os países, vale relembrar a Declaração de Missão do movimento leonístico, tal como ele o fez a mim:

“ CRIAR E FOMENTAR UM ESPÍRITO DE COMPREENSÃO ENTRE TODOS OS POVOS....”

Em homenagem a este Companheiro e à sublime missão do Lions de unir os povos através do serviço humanitário, esta instrução leonística será a tradução da letra de Blowin’ in the wind, escrita há 40 anos atrás por um jovem de 21 anos, o hoje famoso Bob Dylan.
Leiam e reflitam, pois, infelizmente, ela continua atualíssima, levando-nos a pensar sobre a paz, a guerra, a compaixão e a liberdade, sobre os conflitos na América do Sul, na Europa e no Oriente, sobre a filosofia leonística e sobre a nossa omissão nestes 202 países em que o Lions se estabeleceu, pois ao invés de calar, poderíamos fazer soar as trombetas do "servir" leonístico.

Soprando no Vento

Quantas estradas um homem precisa percorrer
Antes que venha a ser chamado de homem?
Quantos mares precisará uma pomba branca sobrevoar
Antes que ela possa repousar na praia?
E por quantas vezes ainda as balas de canhão voarão
Até que sejam para sempre banidas?

A resposta, meu amigo,
está soprando no vento
A resposta está soprando no vento

Quantos anos deve uma montanha existir
Até que se desmanche no mar?
Quantos anos devem algumas pessoas existir
Até que sejam permitidas serem livres?
E quantas vezes pode um homem virar sua cabeça
E fingir que ele simplesmente não vê?

A resposta, meu amigo,
está soprando no vento
A resposta está soprando no vento

Quantas vezes deve um homem olhar para cima
Antes que possa enxergar o céu?
Quantos ouvidos deve um homem possuir
Até que possa ouvir o lamento do próximo?
E quantas mortes ainda serão necessárias
Até que percebam que pessoas demais morreram?

A resposta, meu amigo,
está soprando no vento
A resposta está soprando no vento

Bob Dylan - 1962


Quantas vidas ainda serão castigadas pelo flagelo das guerras e do terrorismo? Por quanto tempo, ainda, nos acomodaremos a ponto de ignorar os necessitados que esperam à nossa porta, suplicando por um gesto, uma atitude que lhes afirme que eles são importantes para nós? Quanto tempo ainda haverá de correr, até que aprendamos a conjugar o verbo partilhar?

Dentro de cada coração há uma candeia e o óleo que a alimenta é a nobreza de caráter, a integridade da alma, a solidariedade de irmãos e o enfrentamento da injustiça.

Como disse o poeta Mário Quintana, “O sorriso enriquece os recebedores, sem empobrecer os doadores.”

Fonte: Internet, texto formatado pelo “filósofo” Um Peregrino.

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